impressão tipográfica em baixo relevo
a5, papel offset 180g
impresso na Oficina Tipográfica São Paulo
tiragem de 100
Encontros possíveis é resultado da pesquisa de
mestrado desenvolvida entre 2013 e 2015 no Instituto de Artes da Unicamp.
Partindo de uma coleção composta por trabalhos brancos (em branco, quase
brancos ou em estado de apagamento) produzidos por outros artistas, a pesquisa
buscou investigar as possibilidades da cor branca, do silêncio e da escrita.
Do desejo de construir um trabalho dentro da
própria dissertação, surgem os encontros possíveis, composto por narrativas ficcionais
criadas a partir das imagens colecionadas, como se os mesmos fossem também
personagens das narrativas. Os trabalhos de outros artistas são ressignificados
a partir da ficção que se organiza em três capítulos – ou “encontros”.
1º encontro, o encontro dos textos
não-escritos
Espaços tradicionais da escrita em branco, textos
brancos ou em estado de apagamento. Histórias de encontros e desencontros
afetivos. Narrativas curtas, fragmentadas e diálogos. Como a escrita se faz
presente em uma história de amor?
2º encontro, o
encontro do desaparecimento
Histórias que se organizam como perdas,
desaparecimentos e/ou mudanças de estado. As narrativas deste encontro foram
criadas a partir de formatos pré-existentes de escrita como manchetes de
jornal, cartas, roteiro de cinema etc.
3º encontro, o
encontro das nuvens
Tendo como referência o livro Excercices de style, de Raymond Queneau,
as histórias partem de tentativas frustradas de capturar uma nuvem. A obsessão
dos artistas deste encontro com as nuvens seria um falsear dessa captura?
Foram impostas algumas regras ou
“constrangimentos” para a escrita – ou contraintes,
procedimento literário realizado pelo grupo francês OULIPO: 1- todas as
narrativas devem partir das imagens selecionadas ou seus títulos; 2- cada
encontro tem um tema e as histórias são criadas a partir dele; 3- devem ter o
menor tamanho possível e intercalar diálogos e descrição das situações.
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